fazes-me falta, sabias?
é para ti que escrevo
neste meu livro aberto,
feito de folhas de papiro
colhido nas margens do rio Nilo.
é neste refúgio que me sinto a salvo,
é em refúgios que me sinto livre,
em lugares amplos que gosto de estar
sem paredes nem tectos para me encostar,
nem cadeiras para me apoiar.
fazes-me falta, sabias?
falta para me ouvires
para me sentires,
é nos teus sentidos que me revejo
é no teu sentir que me elevo.
se há algo que quero és tu,
só que agora não sei se sofro mais
em amar-te ou esquecer-te!