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sentimentos sentidos

...estes são pequenos momentos em que a alma escreve...

sentimentos sentidos

...estes são pequenos momentos em que a alma escreve...

14 de Março, 2011

fazes-me falta, sabias?

é para ti que escrevo
neste meu livro aberto,
feito de folhas de papiro
colhido nas margens do rio Nilo.
é neste refúgio que me sinto a salvo,
é em refúgios que me sinto livre,
em lugares amplos que gosto de estar
sem paredes nem tectos para me encostar,
nem cadeiras para me apoiar.

fazes-me falta, sabias?
falta para me ouvires
para me sentires,
é nos teus sentidos que me revejo
é no teu sentir que me elevo.
se há algo que quero és tu,
só que agora não sei se sofro mais
em amar-te ou esquecer-te!

12 de Março, 2011

carta para o meu amor

hoje senti a tua falta.
a minha vida vai andando, só não queria estar sozinho. eu necessito de ti a meu lado. volta para mim.
vi o romper do dia a entrar pela minha janela e tristemente recordei-te.
porque te foste embora sem te despedires? porquê?
volta… volta porque eu te quero. necessito muito de ti. sem ti já não respiro.

volta… volta porque eu te amo muito.
olhei-me no espelho e vi tanto vazio, tanta tristeza nos meus olhos. eu sei que sou culpado!
volta… volta que tudo vai ser diferente. já não sou o mesmo sem ti.
hoje dei conta que só há uma como tu… só há uma como tu…

11 de Março, 2011

não sou poeta

não sou poeta,
mas a escrita me acalma,
escrevo para ti
do que falo com a alma.

são momentos únicos,
de sonhos acordado,
falamos de amor
e marcas do passado.

falar com a alma
é poder compensar,
a falta da tua voz
e eternamente recordar.

09 de Março, 2011

a tua ausência

madrugada,
acordei com a tua ausência.
senti que o brilho das estrelas
era menor.
procurei a lua,
olhei-a...
a lua dormia, assim como tudo
em meu redor.
então, chamei meus pensamentos.

só eles,
são a presença viva da tua ausência.

08 de Março, 2011

sou eu

se sentires uma sombra no teu caminho
quando regressas a casa...
sou eu.
se abres a janela do teu quarto
e vês um carro estacionado...
sou eu.
se de noite o teu telemóvel tocar
e ninguém te falar...
sou eu.
se no dia do teu aniversário
receberes flores sem um cartão...
sou eu.
se de noite sentires
que alguém está chorando...
sou eu.
Se após este tempo todo separados
sentires que alguém te ama ainda...
sou eu.

07 de Março, 2011

encantos proibidos

és uma poetisa mentirosa
e com teus poemas me iludi,
baralhaste-me a vida toda
e minha alma sofre por ti.

não me voltas a iludir
o que por ti for escrito,
pois já não te consigo ler,
e em ti já não acredito.

já não tens sentimentos,
pois só escreves porcarias,
vai mas é iludir outro
com as tuas novas poesias.

não me compares a ti,
eu não escrevo fantasia,
desejar coisas que não sinto,
para mim isso, é hipocrisia.

escreves-te o «encantos proibidos»,
poesia que tanto amei, mas
cansado de ler tanta mentira
finalmente hoje, o livro rasguei.

05 de Março, 2011

verde março

verde março, verde esperança,
verde sonho a renascer.
nasce o sol da mudança
com a esperança de crescer.

nasce o sol da primavera,
cresce o gosto de viver,
da mudança que se espera
há um sonho a renascer.

nasce o sol, cresce a esperança,
nasce e volta a renascer,
ao calor desta mudança
todo o mundo quer viver.

04 de Março, 2011

uma gaveta de sonhos

tenho uma gaveta secreta, uma gaveta de sonhos.
é uma gaveta discreta onde guardei meus sonhos.
é uma gaveta com algumas alegrias mas também com tristezas.
fechei-a durante alguns anos e não deixei ninguém a ver.
guardei nela coisas boas e coisas más. coisas sórdidas, coisas de família, coisas eróticas, coisas românticas e sonhos. muitos sonhos.
não contém a ninguém, mas dentro dela guardei pessoas. pessoas boas e pessoas más.
mas hoje, a partir de hoje, não quero guardar mais nada dentro dela.
depois que meu amor se foi embora já não suporto estes dias tão cinzentos, esta forma de viver tão previsível e vou fazer uma tentativa, a última, de confrontar-me com os meus sentimentos e... vou finalmente abrir a gaveta.

03 de Março, 2011

o circulo da vida

era uma casa. dentro da casa, um quarto. dentro do quarto, uma cómoda. dentro dela, uma gaveta. dentro da gaveta, uma caixa de cartão. e dentro da caixa, um envelope. dentro do envelope, uma foto. dentro da foto, uma xic@, mulher linda de belo sorriso. na xic@, olhos escuros quase pretos. dentro dos olhos escuros quase pretos, o reflexo de uma casa. e dentro da casa, um quarto...

02 de Março, 2011

não sou o único

não sou o único carlos
não sou o único com 50 anos
não sou o único vimaranense
não sou o único romântico
não sou o único que procuro a lua à noite
não sou o único que gosto de poesia
não sou o único que gosto de fotografia
não sou o único que gosto do mar de verão e inverno
não sou o único que gosto de desporto amador
não sou o único que gosto de conduzir
não sou o único que gosto de dentes bonitos
não sou o único que gosto de árvores
não sou o único que gosto de coisas simples
não sou o único que gosto de aeroportos
não sou o único que gosto de cinema em casa
não sou o único que gosto de casualidades
não sou o único que gosto de árvores
não sou o único que gosto de sotaques
não sou o único que gosto de café
não sou o único que gosto de sonhar
não sou o único que tem dois filhos
não sou o único que gosto do silêncio
não sou o único que não tenho tatuagem
não sou o único que acredito nas pessoas
não sou o único que me sinto-me mais novo do que sou
não sou o único que reconhece seus erros
não sou o único que odeio falar ao telemóvel
não sou o único que quero falar cinco línguas
não sou o único que não tem alergia a nada
não sou o único que não guardo mágoas
não sou o único que queria a montanha-russa fosse meio de transporte
não sou o único que gentilezas me conquistam
não sou o único que admiro humildade
não sou o único que tenho bom gosto
não sou o único fascinado pela internet